Devido às alterações climáticas, a região do Mediterrâneo pode sofrer de forma mais intensa no futuro, e está mais propensa a desertificação.

O Concelho de Castelo Branco vive os efeitos dos extremos climáticos e já é possível ver na sua paisagem sinais visíveis de vulnerabilidade.

A gestão responsável de recursos naturais, diante das previsões de aumento nas temperaturas médias do planeta, da diminuição nos níveis de precipitação, da frequência das secas, da sua duração e intensidade, há muito que deixou de ser uma opção e é hoje uma pré-condição para a manutenção da capacidade de suporte do planeta.

Neste sentido, a educação para o futuro tem o papel de contribuir com as reflexões sobre esse cenário ambiental e oferecer as bases práticas para uma ação consciente orientada para a adaptação e mitigação de tais efeitos.

Portugal está empenhado em conduzir a uma mudança de paradigma, traduzida em modelos de conduta sustentáveis, tendo assumido compromissos nacionais e internacionais no domínio da sustentabilidade.

Assim, o país encontra-se vinculado à consecução dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e deve mobilizar a sociedade para dar passos nesta direção, avaliando regularmente os progressos alcançados.

Para tal, criou a Estratégia Nacional de Educação Ambiental – (ENEA 2020), com objetivo de dotar a sociedade de valores que sirvam de modelo de conduta quanto às questões ambientais nas dimensões físicas, económicas, sociais, políticas e culturais.

Articulada à ENEA 2020, está a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade 2030 (ENCNB 2030), que pretende estabelecer a valorização do território, do património natural e dos serviços prestados pelos ecossistemas como uma cultura da sociedade.

Esta Estratégia refere o estabelecimento de um programa de formação e sensibilização para temas específicos de conservação da natureza dirigido à sociedade em geral e em escolas, e dentre os 30 objetivos que tem até 2030 o 1.10 trata de aumentar a visibilidade e perceção pública do valor do património natural e dos serviços de ecossistemas.

É neste contexto que a Harmonious Jungle Unipessoal Lda., focada no alinhamento das suas ações com os OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – ODS, no âmbito do REVE - REGENERAÇÂO DOS ECOSSISTEMAS DO VALE DA ESTEVA, desenvolveu o projeto O VALE DA ESTEVA VAI À ESCOLA, propondo a sua realização através de umaparceria com a Junta de Freguesia de Castelo Branco, para a criação e manutenção, nas escolas do primeiro ciclo da Freguesia de Castelo Branco. 1 IPCC (“Climate Change and Land, 2019); FAO (The State od Food Security and Nutrition in the World – 2019); UNCCP (UM Conventions to Combat Desertification-2010/2020).

Esta é, aliás, uma das estratégias para aproximar as crianças dos temas acima referidos, sensibilizando para a conservação da natureza, contribuindo para mudar a perceção sobre o valor do património natural, sobre os serviços dos ecossistemas e sobre o nosso papel na conservação do meio ambiente.

Para além do projeto O VALE DA ESTEVA VAI À ESCOLA, outras iniciativas no âmbito da eco cidadania estão pensadas e, a seu tempo, serão propostas.

Atividades que serão desenvolvidas:

• Criação de Hortas Escolares Estabelecer hortas em canteiros nas escolas, proporcionando às crianças um espaço para aprender sobre o cultivo de alimentos.
• Envolvimento ativo das crianças na preparação do solo, plantio de sementes, cuidado com as plantas e colheita.
• Facultar aulas práticas ao ar livre ou em sala, explorando tópicos como ciclos de plantio, tipos de solo e a importância dos polinizadores.
• Material Didático Interativo - Serão desenvolvidos materiais educativos interativos adequados (canteiros portáteis). Serão disponibilizados equipamentos como ferramentas, microscópios, sistema solar, etc.. Calendário e regularidade